
Participar de campeonatos profissionais de games é uma ocupação que exige muito treino e extrema dedicação.
Jogadores profissionais faturam milhões com os e-sports, torneios mundiais de games
Abaixo-assinado pede videogame como esporte olímpico
O sul-coreano Won Lee-sak, 18, campeão mundial do game "StarCraft 2" e conhecido como PartinG, treina cerca de 3.500 horas por ano --ou dez horas diárias.
São 1.500 horas a mais de treino do que a rotina de um nadador profissional como o brasileiro Thiago Pereira, medalha de prata na Olimpíada de Londres deste ano.
Ele faz parte do StarTale, uma equipe profissional de e-sports com sede em Seul que funciona como um centro de treinamento: 16 jogadores compartilham quartos e computadores e raramente deixam o prédio."Algumas pessoas acham que meu treino é mas fácil, apenas porque minha profissão é jogar videogame. Mas a verdade é que a minha rotina é mais puxada do que a da maioria dos atletas de outros esportes", diz Won à Folha.
A prática é comum na Coreia: todos os times profissionais têm prédios próprios, onde os jogadores se concentram para treinar e receber orientações dos técnicos. "Os games têm muitas variáveis, principalmente os de estratégia. São literalmente milhões de combinações táticas. Por isso é necessário muito treino", conta o campeão.
Fisicamente, os jogadores sul-coreanos desafiam o estereótipo de gamer comum.
Eles são, na maioria das vezes, magros e bem condicionados. A rotina de treinamento inclui exercícios físicos como corrida, natação e levantamento de peso.
Para melhorar a habilidade com mouse e teclado, alguns jogadores enfiam as mãos dentro de sacos cheios de areia e mexem bem os dedos por alguns minutos. A resistência fortalece a musculatura das falanges e aumenta a destreza manual.
E NO BRASIL?
Por mais que por aqui os campeonatos de games sejam cada vez mais frequentes --e com premiações de até R$ 160 mil-, ainda não há quem viva somente disso.
Carlos Leonardo Cruz, o Levin, foi eliminado, após duas derrotas seguidas, na primeira fase do torneio vencido pelo sul-coreano Won. Levin é médico em Barra do Bugres (MT) e treina "StarCraft 2" "apenas" duas horas por dia, quatro dias por semana.
"Nesse torneio, fui o único dos 32 jogadores que não era profissional. Assim fica impossível vencer, o nível deles está muito além do meu", admite o clínico-geral Levin.
Fonte: Folha de S. Paulo
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